domingo, novembro 19, 2006

O Cavalo: origem e evolução

 
O Cavalo - Origem e Evolução
 
Na maior parte da idade glacial, o Equus passou das Américas para a Europa e para a Ásia. O processo chegou ao fim há cerca de 10 mil anos, quando o cavalo desapareceu do continente americano. Quatro cavalos primitivos se desenvolveram na Ásia e na Europa, influenciados pelo meio em que viviam. Na Ásia, o cavalo das estepes, Equus przehevalski, hoje, conhecido como cavalo selvagem da Ásia ou Cavalo de Przehevalski, que pode ser considerada uma subespécie do atual cavalo doméstico; mais para ao oeste apareceu o tarpan, uma cavalo com ossatura mais fina e membros mais afilados que os da estepes; e, ao norte da Europa, surgiu o cavalo das florestas ou diluvial, pesado e vagoroso. No noroeste da sibéria há evidência de outro primitivo, o cavalo da tundra.

CAVALO DE PRZEWALSKI - O cavalo selvagem da Ásia ou da Mongólia agora só pode ser encontrado nos Zoos. Há mais de 5 mil anos que o cavalo é um animal doméstico. Acredita-se que o cavalo foi domesticado no Neolítico (Idade da Pedra Polida), os seus vestígios foram encontrados (ossadas, gravuras, pinturas rupestres) nas grutas de Lascaux, de Madaleine e de Altamira. Em 1967, encontrou-se um esqueleto numa rocha da época eocena no sul dos Estados Unidos. É o Eohippus, a partir do qual o desenvolvimento dos equinos pode ser traçado por um período de 60 milhões de anos, até surgir, há cerca de 1 milhão de anos, do Equus caballus, o antepassado do cavalo. O Eohippus tinha o tamanho aproximado de uma raposa, com quatro dedos nos pés dianteiros e três nos posteriores. A sua pelagem era, provavelmente, mosqueada ou listrada para que ele pudesse confundir-se com o seu ambiente. No Novo Continente, as formas mais primitivas se relacionam com os períodos geológicos mais antigos.

2 comentários:

de Sá disse...

interessante... venham mais posts

MA disse...

Rui Ferreira apresenta aqui várias raças de cavalos. Apenas queria acrescentar mais uma, que passa muitas vezes despercebida, apesar de ser referenciada desde a mais alta antiguidade. Trata-se do garrano, um cavalo que tem, muito provavelmente, os seus antepassados nos que estão representados nas cavernas de Lascaux , Altamira e nas gravuras de Foz Côa.
Cornélio Tácito faz-lhe várias referências no seu Germania, do anos 98 da nossa era, dizendo explicitamente que “os cavalos [dos germanos] não primam pela elegância do porte nem pela agilidade e nem tampouco são treinados na variação dos movimentos (ou manobras) como é usual entre nós [romanos]. Adestram-nos a avançar em frente ou a voltar à direita, em linha tão compacta que nenhum pode ficar para trás”.
Foi esse tipo de cavalo que os nossos antepassados Búrios, um grupo dos Suevos, também descritos por Tácito, trouxeram consigo, no século V, quando se vieram estabelecer no norte de Portugal, nas actuais Terras de Bouro. E os descendentes desses cavalos por lá continuam, depois de terem participado nas lutas pela fundação de Portugal, calcorreado os caminhos de Santiago, embarcado nas naus das descobertas…, servindo, sempre com docilidade, tantos a lavradores, nobres, soldados, padres ou generais.

Como se pode ler em http://www.equisport.pt/gca/index.php?id=86
“A palavra garrano deriva da raiz indo-europeia "gher", que significa "baixo, pequeno" e que originou a palavra "guerran", a palavra Galesa que significa cavalo. Na Inglaterra usa-se a palavra pónei; na Irlanda "gearron"; na Escócia "garron" e em Portugal ‘garrano’. Ao contrário do Lusitano, esta raça não foi seleccionada pelo homem - foi moldada pelo meio ambiente ao longo dos séculos. Os garranos ainda são caçados pelos lobos que vivem a sua vida selvagem na zona montanhosa que vai do noroeste de Portugal até à fronteira com Espanha”.
MA