domingo, dezembro 17, 2006

A Associação de Jogadores de Horseball



A Associação de Jogadores de Horseball (AJH) nasceu para dar voz a todos os que participam neste desporto em Portugal. Como membro da Federação Equestre Portuguesa (FEP), a AJH tem a responsabilidade de organizar os Campeonatos Nacionais de Horseball nos diversos escalões, a Taça de Portugal de Horseball e a Super-Taça de Horseball, para além de torneios oficiais e jogos de demonstração da modalidade.
 
É, também, responsável pelas Selecções Nacionais nos diversos escalões, tendo inclusive organizado os dois últimos Campeonatos da Europa de Horseball de 2002 (Beja) e 2004 (Reguengos de Monsaraz), organizações que mereceram elogios por parte de todos os participantes.

Reunindo cerca de 150 associados, a AJH é uma das organizações com maior representatividade junto da FEP, vendo o seu peso crescer nos últimos anos.Em 2005 a AJH prepara-se para renovar a sua identidade corporativa, adaptando-a aos novos tempos, demonstrando a dinâmica e crescimento que o desporto tem conhecido nos últimos anos.

Horseball: O nascimento do desporto


O nascimento do desporto


Nos anos 70, a
Federação Francesa de Equitação, presidida pelo Senhor Christian Legrez, decide inovar em matéria de ensino de equitação e introduz os Jogos Equestres.

O pato indoor era então praticado em Provence e no Centro de Val Loire, graças a dois homens percursores do desenvolvimento dos jogos equestres: Pascal Marry e Jean Claude Gast. Devido ao investimento destes dois homens no seio da comissão de Jovens e dos Jogos, o primeiro jogo de pato indoor é organizado no Salão do Cavalo em 1977.

Em Novembro de 1978 é organizado um seminário de conselheiros técnicos regionais na Escola Nacional de Equitação de Saumur, para sensibilizar as confederações para os Jogos Equestres: os debates são animados por Pascal Marry e por Jean Paul Gast. Este seminário trás uma reviravolta para o Pato, visto que Philippe Tiebaut e Jean Paul Depons, duas pessoas que iriam ter um papel determinante no horseball, participaram neste seminário.

O primeiro era monitor e praticava o jogo do pato, o segundo era um aprendiz de monitor que foi descoberto por Philippe num centro equestre de Yvelines quando este praticava um exercício de sela chamado “horseball” do Capitão Clave. Após a sua formação, Jean Paul Depons instalou-se numa propriedade familiar em Castillon la Bataille, em Gironde.

Em Fevereiro de 1979, realiza-se o primeiro campeonato de Jogos Equestres em Poitiers. O “horseball” não existia ainda, mas foi organizada uma prova de Pato indoor. As primeiras regras são um misto entre as regras do pato e Argentino e entre as regras do exercício “horseball” do Capitão Clave. A equipa de Bordeaux defrontou violentamente na final a equipa d´Henin Beaumont. Philippe Thiebaut e Jean Paul Depons são os árbitros deste primeiro campeonato.

O segundo campeonato de França desenrolou-se em Outubro de 1979. Por ocasião de uma reunião que decorreu em Castillon la Bataille, o jogo é renomeado “horseball” e é então estipulado um regulamento específico.

No final do ano de 1980, no seio da Comissão de Jovens e Jogos, o horseball torna-se cada vez mais importante. Foi então criada uma comissão específica sobre a presidência de Jean Paul Depons.

O horseball entra na cena Internacional em 1988, devido a demonstrações realizadas em Portugal e Inglaterra. Em 1989, os primeiros encontros Internacionais foram disputados entre França e Bélgica, donde se saldaram duas vitórias francesas.

Philippe Thiebaut participa então activamente no trabalho da comissão de horseball, e em 1987 chega então ao posto de Director Técnico Adjunto da DNEP, facilitando então o desenvolvimento do horseball junto dos poneys. Em 1992, o Salão do Cavalo em Paris, acolhe o primeiro Campeonato da Europa de Horseball.

Sendo assim, o horseball deve o seu desenvolvimento ao apoio da Federação Francesa de Equitação, no seio da qual se estruturou durante muitos anos. Graças ao investimento de alguns apaixonados deste desporto, o horseball pode hoje em dia ser praticado em muitos países espalhados pelo Mundo.

Horseball: origens e história





Origens e História do Horseball

O “Bouzkachi” Afegão


Os afegãos dedicaram-se desde tempos remotos a um jogo brutal: uma aventura a cavalo, sobre as altas planícies desérticas, onde as galopadas se saldavam geralmente com braços partidos e rostos inchados. O Bouzkachi é uma disputa violenta entre duas equipas na qual se disputava a posse de um cadáver de uma cabra decapitada. Chicoteavam, trocavam contacto, lançavam os cavalos uns contra os outros. E depois, após o grito da vitória, festejavam com um banquete extraordinário.

O “Pato” Argentino


Nas pampas Argentinas, os cavalos são como flores num jardim…. Utilizados para agrupar o gado, para os conduzir por corredores, apanhar os jovens vitelos, o cavalo torna-se indispensável nas pampas. Incansável, muito fiel ao seu “gaúcho”, cavalo e cavaleiro formam um duo perfeito fazendo já parte da paisagem argentina.

Na Argentina, a forma de “conduzir” o cavalo é muito diferente de como se faz na Europa. O cavaleiro segura as rédeas juntas numa só mão, e na outra têm a vara. A sela, coberta de uma pele de cordeiro espessa, é um verdadeiro sofá. É preciso pensar que o gaúcho passa em média 6 a 8 horas por dia sobre o seu cavalo e por vezes, chegam a adormecer a cavalo.

Estes pioneiros, tinham uma reputação de homens rústicos, pouco dotados de sensibilidade. Esta reputação era em parte verdade aos olhos de determinadas práticas bárbaras a que se entregavam. Eles foram os primeiros a jogar “pato”, um desporto puramente Argentino. Outrora, o jogo opunha duas quadrilhas de homens a cavalo, em dois sítios separados a uma légua (aprox. 5 kms) de distância. O objecto de disputa seria então um pato, dentro de um saco de couro costurado, com a cabeça de fora e com 2 asas para se poder “agarrar”.

Escolhiam-se então os homens mais fortes de cada quadrilha e situavam-se então estes dois homens a metade da distância, entre o pato e a quadrilha. Começava então o jogo, com as galopadas destes dois homens em direcção ao Pato para que o mais forte o levasse. Cabia então ao seu rival, persegui-lo e tentar roubar-lhe o Pato. O vencedor teria de fugir para perto da sua quadrilha, perseguido pela quadrilha adversária que tentaria roubar-lhe o Pato de alguma forma. O jogo terminava, com a chegada da quadrilha que teria em posse o Pato ao sítio combinado.

O Capitão Clave

É nos anos 30 que o Pato argentino faz a sua aparição em França sobre a impulsão do Capitão Clave, um campeão mundial de saltos de obstáculos durante vários anos. Este desporto de bola argentino é rapidamente apelidado de “Pato Indoor”, havendo desta forma uma diminuição do terreno de jogo sendo obrigatório para a organização destes encontros.

Em 1936, o Capitão Clave faz algumas modificações às regras que ele considera importantes para a mudança de nome da disciplina: o pato transforma-se em “horseball”.

A Federação Equestre Portuguesa

A Federação Equestre Portuguesa Fundada em 1927 é uma instituição privada de utilidade pública desportiva que tem por missão organizar, dirigir e promover o desporto equestre em Portugal.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Coudelaria Manuel Tavares Veiga


Coudelaria Manuel Tavares Veiga
 
Coudelaria com sede na Quinta da Broa, Azinhaga do Ribatejo, fundada há 180 anos por Rafael José da Cunha, o denominado Príncipe dos Lavradores Portugueses.

De entre os reprodutores da sua coudelaria contam-se dois garanhões de sangue Alter, oferecidos àquele famoso lavrador pelos Reis D. Fernando II e mais tarde, por seu filho D. Pedro V quando visitaram a Quinta da Broa.

Por herança familiar, a coudelaria veio a ser herdada pelo Eng.º Manuel Tavares Veiga, sobrinho bisneto de Rafael José da Cunha.O trabalho que desenvolveu na coudelaria foi notável, podendo ser justamente considerado o iniciador do novo ciclo do ginete lusitano em Portugal.

Possuidor de uma sensibilidade invulgar, foi seleccionado animais cujas características morfológicas e anímicas entendeu melhor corresponderem à funcionalidade guerreira exigida aos cavalos de toureio.

Depois, usou o método de cruzamentos consanguíneos, tendo em vista o apuramento das espécies dentro da mesma raça e a homogeneidade necessária à fixação das suas próprias características.

Após paciente espera, encontrou cavalos equivalentes aos ginetes famosos da antiga Ibéria, seleccionados durante milhares de anos como cavalos de guerra, moldados para esse fim.

Desta forma atingiu um objectivo verdadeiramente nacional, pois fixou na raça dos seus cavalos as características apuradas, devolvendo, através deles, ao nosso país, a pureza do património genético há muito adormecido do antiquíssimo ginete lusitano.

Mencionemos, a propósito, os cavalos Lidador, Agareno, Berber e Sultão, pela importância que tiveram na fixação das características da coudelaria.

Depois da morte do Eng. Manuel Tavares Veiga, os seus netos Manuel e Carlos Tavares Veiga e o seu bisneto Manuel de Castro Tavares Veiga souberam manter a coudelaria com a qualidade inicial.De então para cá, vem levando a cabo um trabalho de selecção das éguas com base no modelo, na genealogia, na qualidade dos produtos fornecidos e na análise das suas características funcionais.

sábado, dezembro 02, 2006

O Cavalo Lusitano (Filho do Vento)


O Cavalo Lusitano (Filho do Vento).

Montado há já cerca de 5000 anos, o mais antigo cavalo de sela do Mundo chega ao limiar do século XXI reconquistando o esplendor de há dois mil anos, quando Gregos e Romanos o reconheceram como o melhor cavalo de sela da antiguidade.

Cavalo de "sangue quente" como o Puro Sangue Inglês e o Puro Sangue Árabe, o Puro Sangue Lusitano é o produto de uma selecção de milhares de anos, o que lhe garante uma "empatia" com o cavaleiro superior a qualquer raça moderna.

Seleccionado como cavalo de raça e de combate ao longo dos séculos, é um cavalo versátil, cuja docilidade, agilidade e coragem, lhe permitem hoje competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre, confrontando-se com os melhores especialistas. No limiar do ano 2000 o Puro Sangue Lusitano, volta a ser procurado como montada de desporto e de lazer, e como reprodutor pelas suas raras qualidades de carácter e antiguidade genética.


A sua raridade resulta de um pequeníssimo efectivo de cerca de 2000 éguas produtoras. Em Portugal, berço da raça, estão apenas em produção cerca de 1000 éguas, no Brasil 600, em França 200, distribuindo-se as restantes pelo México, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Itália, Canadá e Estados Unidos da América.

Hoje o efectivo da Raça Lusitana está em crescimento, sobretudo na Europa e no Brasil, onde há uma extraordinária progressão em quantidade e qualidade. Entre nós, a qualidade geral da produção tem aumentado muito,e tudo leva a crer que se venham a estabelecer novas linhas dentro da Raça, contribuindo para o seu progresso e assegurando a sua vitalidade.

No século XXI, O Puro Sangue Lusitano será sempre o cavalo por excelência para a Arte Equestre e para o Toureio, mas, para além de ser o cavalo que dá maior prazer montar, continuará a surpreender pela sua natural aptidão para os obsctáculos, e para o Ensino e Atrelagem de Competição.

A institucionalização oficial do Stud-Book da Raça Lusitana, foi sem dúvida, um passo decisivo, no progresso da mesma, ao condicionar a admissão de reprodutores aos requisitos mínimos do respectivo padrão, dando origem a um generalizado e criterioso trabalho de selecção, facultando o conhecimento aprofundado das geneologias, permitindo perpetuar e tirar partido das linhas formadas a partir da insistência em determinados reprodutores (emparelhamento em linha).
Aliás para um processo zootécnico eficaz e relativamente rápido há que recorrer à selecção e à consanguinidade, sendo esta de evidente vantagem em aspectos que interessam ao criador, nomeadamente na pureza e uniformidade da raça e na consequente prepotência dos reprodutores obtidos.


domingo, novembro 19, 2006

O Cavalo: origem e evolução

 
O Cavalo - Origem e Evolução
 
Na maior parte da idade glacial, o Equus passou das Américas para a Europa e para a Ásia. O processo chegou ao fim há cerca de 10 mil anos, quando o cavalo desapareceu do continente americano. Quatro cavalos primitivos se desenvolveram na Ásia e na Europa, influenciados pelo meio em que viviam. Na Ásia, o cavalo das estepes, Equus przehevalski, hoje, conhecido como cavalo selvagem da Ásia ou Cavalo de Przehevalski, que pode ser considerada uma subespécie do atual cavalo doméstico; mais para ao oeste apareceu o tarpan, uma cavalo com ossatura mais fina e membros mais afilados que os da estepes; e, ao norte da Europa, surgiu o cavalo das florestas ou diluvial, pesado e vagoroso. No noroeste da sibéria há evidência de outro primitivo, o cavalo da tundra.

CAVALO DE PRZEWALSKI - O cavalo selvagem da Ásia ou da Mongólia agora só pode ser encontrado nos Zoos. Há mais de 5 mil anos que o cavalo é um animal doméstico. Acredita-se que o cavalo foi domesticado no Neolítico (Idade da Pedra Polida), os seus vestígios foram encontrados (ossadas, gravuras, pinturas rupestres) nas grutas de Lascaux, de Madaleine e de Altamira. Em 1967, encontrou-se um esqueleto numa rocha da época eocena no sul dos Estados Unidos. É o Eohippus, a partir do qual o desenvolvimento dos equinos pode ser traçado por um período de 60 milhões de anos, até surgir, há cerca de 1 milhão de anos, do Equus caballus, o antepassado do cavalo. O Eohippus tinha o tamanho aproximado de uma raposa, com quatro dedos nos pés dianteiros e três nos posteriores. A sua pelagem era, provavelmente, mosqueada ou listrada para que ele pudesse confundir-se com o seu ambiente. No Novo Continente, as formas mais primitivas se relacionam com os períodos geológicos mais antigos.